Trabalhadores manifestam solidariedade
às vítimas dos incêndios

Prevenção para evitar <br>a tragédia

A CGTP-IN ma­ni­festou a sua so­li­da­ri­e­dade com os tra­ba­lha­dores e todas as po­pu­la­ções ví­timas do fla­gelo dos in­cên­dios que fus­ti­garam o ter­ri­tório na­ci­onal, de­sig­na­da­mente a Re­gião Au­tó­noma da Ma­deira e em par­ti­cular a ci­dade do Fun­chal, la­men­tando pro­fun­da­mente, em pri­meiro lugar, a perda de vidas, mas também os avul­tados pre­juízos, os quais cer­ta­mente irão acar­retar con­sequên­cias muito graves na re­gião.

«O País arde pe­rante a in­ca­pa­ci­dade dos res­pon­sá­veis po­lí­ticos, quer para a prévia ela­bo­ração e apli­cação opor­tuna de planos de pre­venção, quer para o ac­ci­o­na­mento atem­pado dos meios efi­cazes de com­bate aos in­cên­dios, que per­mitam evitar ou pelo menos mi­ni­mizar a des­truição e os graves pre­juízos hu­manos e ma­te­riais de­cor­rentes do alas­trar des­con­tro­lado dos in­cên­dios», sa­li­enta a In­ter­sin­dical, que con­si­dera ser «ur­gente» dis­cutir e re­pensar «a questão do or­de­na­mento do ter­ri­tório, so­bre­tudo em tudo o que res­peita às flo­restas».

Res­pon­sa­bi­li­dades

Também o Sin­di­cato Na­ci­onal dos Tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Local e Re­gi­onal, Em­presas Pú­blicas, Con­ces­si­o­ná­rias e Afins (STAL), ex­pres­sando so­li­da­ri­e­dade com os bom­beiros e as po­pu­la­ções ví­timas dos in­cên­dios, re­clamou «uma es­tra­tégia de de­fesa das po­pu­la­ções e da na­tu­reza, de­vendo ser con­si­de­rada a adopção de me­didas de cariz ex­tra­or­di­nário, tanto no com­bate, como em todas as fases de apoio pos­te­rior».

O STAL exige, por isso, o apu­ra­mento de todas as res­pon­sa­bi­li­dades nestes «trá­gicos eventos» e ex­pressa o seu «com­pro­misso» em de­fesa de «uma po­lí­tica que en­care se­ri­a­mente as ques­tões do or­de­na­mento da flo­resta, que aposte de­ci­si­va­mente na pre­venção e na dig­ni­fi­cação e va­lo­ri­zação de todos os bom­beiros, com a con­vicção de que só assim será pos­sível cum­prir com efi­cácia a nobre missão que lhes cabe, ao ser­viço das po­pu­la­ções e do País».

Pre­venção

Por seu lado, a Fe­de­ração Na­ci­onal dos Sin­di­catos dos Tra­ba­lha­dores em Fun­ções Pú­blicas e So­ciais (FNSTFPS) con­si­dera ser «in­dis­pen­sável» que a curto prazo o Ins­ti­tuto da Con­ser­vação da Na­tu­reza e das Flo­restas seja ex­tinto e re­cri­ados os or­ga­nismos de­di­cados es­pe­ci­fi­ca­mente à con­ser­vação da na­tu­reza e à flo­resta, com os res­pec­tivos ser­viços des­con­cen­trados e os ade­quados re­cursos hu­manos es­pe­ci­a­li­zados.

Por outro lado, con­tinua a FNSTFPS, «de­cor­ridos que estão dez anos sobre a ex­tinção do Corpo Na­ci­onal da Guarda Flo­restal e a in­te­gração dos res­pec­tivos guardas flo­res­tais no Ser­viço de Pro­tecção de Pro­tecção da Na­tu­reza e Am­bi­ente (SEPNA), da GNR, im­porta que sejam to­madas me­didas no sen­tido de va­lo­rizar a in­ter­venção destes pro­fis­si­o­nais en­quanto Corpo, na es­tru­tura do SEPNA, tendo em conta as fun­ções, for­mação e co­nhe­ci­mentos es­pe­cí­ficos que os mesmos detêm e que muito podem con­tri­buir para a de­fesa da flo­resta e a pre­venção dos in­cên­dios flo­res­tais».

A Fe­de­ração de­fende ainda que, no âm­bito da Con­ser­vação da Na­tu­reza, as áreas pro­te­gidas «voltem a ser do­tadas de di­rec­ções pró­prias, com grau de au­to­nomia su­fi­ci­ente para a pla­ni­fi­cação da in­ter­venção dos ser­viços na sua pre­ser­vação e que sejam re­for­çados os meios hu­manos e téc­nicos, hoje em gri­tante de­gra­dação».

Por úl­timo, exige-se que o Go­verno «adopte me­didas ur­gentes para o re­forço do nú­mero de Vi­gi­lantes da Na­tu­reza, con­si­de­rando a si­tu­ação dra­má­tica hoje vi­vida, com áreas pro­te­gidas de grande di­mensão e so­mente com um ou dois pro­fis­si­o­nais da­quela car­reira».




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